A atleta Stefany Krebs
Para ela, que começou a jogar futebol com o irmão, aos seis anos de idade, ter alcançado espaço em um grande clube foi importante para dar visibilidade ao desporto de surdos. “Sem dúvidas, ter sido a primeira jogadora surda integrada a uma equipe no futebol profissional foi uma grande conquista. Muitos atletas surdos são ótimos e podem disputar de forma profissional. Mas, infelizmente, as barreiras da comunicação dificultam muito esse acesso. Me sinto muito feliz por ser considerada uma referência para a comunidade surda. Vejo que minha luta é importante e isso me faz querer seguir adiante”, conta Tefy, como gosta de ser chamada. Uma das atletas já confirmadas da Seleção Brasileira de Futebol da CBDS, Stefany está com muitas expectativas para participar da Deaflympics. “Vamos ser vistos por todos e o meu sonho é conseguir conquistar, junto com as minhas parceiras de equipe, a medalha de ouro para o Brasil. Isso será o mais importante”, destaca. Eleita duas vezes como a melhor jogadora do mundo, Stefany ressalta que o futebol é um esporte coletivo, destacando a importância de reconhecer o trabalho feito em equipe. “Me sinto feliz por ter o meu trabalho reconhecido, mas gosto sempre de destacar que devo muito também às minhas parceiras de equipe. Sem elas, isso não teria sido possível. E, claro, mais que medalhas, espero ajudar o desporto de surdos a ser mais reconhecido aqui no Brasil”, conclui. Outro destaque da equipe feminina é a goleira Marina Moraes. Dona de vários prêmios individuais e coletivos como melhor goleira, ela já atuou em alguns clubes de futsal para ouvintes e hoje também se prepara para defender o Brasil na Deaflympics.
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